domingo, agosto 22, 2010

Prazer, eu já fui grande!


Fazer contas para passar da fase na Série B do Campeonato Estadual. Almejar vaga na segunda fase da Série D do Brasileiro. Comemorar um título qualquer, por mais insignificante que seja. Na Copa do Brasil, comemorar perder de menos de dois gols o jogo de ida para visitar o estádio de um time grande em uma cidade grande. Folha salarial que não é nem metade do salário do jogador mais ruinzinho de um time maior. Centro de Treinamento? Caindo aos pedaços. Assim é a rotina de um time pequeno.


Há times que nasceram para ser pequenos, por exemplo, o Pirambú-SE, ou o XV de Jaú-SP. Porém há times que um dia foram os maiores, um dia foram os melhores, mas hoje são meros limpadores de sapatos do faxineiro do time coadjuvante do campeonato. São os famosos: nostálgicos.


Nostalgia lembrar que o Bangu tinha um timaço denominado Mulatas Rosadinhas, e que já foi campeão do Campeonato Carioca em 1933 e em 1966 (não, não foi campeão em 1999). O time fazia frente e era considerado grande. Foi bicampeão da Copa dos Campeões em 1967 e 1968. Como ídolo, o grande Domingos da Guia.


Ainda no Rio de Janeiro, lembremos do América, hoje segundo time de todos os cariocas. Antigamente, primeiro time de muitos. América de Edu, Luisinho Lemos, e primeiro time de Sebastião Leônidas. Meu pai me contou que em 1968, foi com meu avô assistir Botafogo e América. O Maracanã, fazendo jus à música, metade preto e branco, metade escarlate. Quando o América entrou em Campo, festa de metade do Maracanã, o mesmo quando o Botafogo entrou. O jogo terminou empatado em 1 a 1 com o América começando na frente. América, sete vezes campeão do Campeonato Carioca. América, campeão dos campeões em 1982. América, terceiro colocado do Campeonato Brasileiro da Série A de 1986. América, que hoje acabou de ser eliminado na primeira fase da Série D após empate em casa com o Uberaba-MG.


Que triste fim. Mas acredite, eles já foram grandes!!!

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