
Foi triste a derrota do Fluminense pela primeira partida da final da Libertadores. Na casa da LDU, em Quito, o Fluminense perdeu por 4x2. Pois é... depois de um jogo épico contra São Paulo, nas quartas-de-finais, e um maravilhoso 3x1 no Boca Júniors. O quê aconteceu? Não sei. Mas, nós, tricolores do céu e da terra, não perdemos a esperança. Agora o Flu precisa de 3 gols de diferença para ficar com o título. Dois gols de diferença, leva o jogo para prorrogação. Se, na prorrogação, o placar persistir o mesmo o jogo irá para os eletrizantes e fatais pênaltis.
Logo no inícil do jogo, por volta de dois minutos de bola rolando, a LDU ataca: 1x0. Desesperador. Desesperador também foi o gol que o Washington perdeu aos cinco. O Coração Valente recebeu a bola de uma cabeçada do Conca, mas chutou pra cima do goleiro adversário.
Porém, cinco minutos depois, a situação desastrosa do Flu deu um sinal de mudança. Thiago Neves sofre a falta para Conca fazer cobrança. Um chute no ângulo, que serviu como maracujina para os corações tricolores. A partir do gol, o Flu acalmou e o time da LDU ficou tenso, errando passes simples. Quem disse que os heróis do Fluzão se aproveitaram? Pois não. Eles só deram espaço para os jogadores equatorianos terem chances. Aos 23, a LDU aproveita e marca o segundo gol. O jogador Manso cobrou falta na barreira, a bola sobrou para o Bieler e FH fez pela defesa com os pés. (com os pés, sempre). Mas com o rebote, a bola veio para Guerrón, que marcou o segundo da Liga.

Com a torcida equatoriana soltando fogos, nós sofremos com esse segundo gol. Os jogadores sentiram, e o jogo foi todo da LDU. Um verdadeiro baile. Aos 33, em uma cobrança de escanteio, O zagueiro Jairo se antecipou à defesa tricolor, e de cabeça decretou meu quase enfarte. Pronto. Três a um. Desespero total. Agora reforça as orações, pega aquele tênis que dá sorte, vê o jogo de joelhos... Mas ainda há chances, e o primeiro tempo nem acabou ainda!
Claro, com o Flu num nervosismo fora do comum, marcando mal e gritos de 'olé' da torcida rival, aparece uma chance para o Flu com um passe de Conca para Cícero, que chuta na trave de Cevallos.
Nesse primeiro tempo que nunca acaba, mas quase acabando, a LDU conseguiu marcar mais um. Putz... Sensacional! Manso cobrou escanteio e Washington desviou mal enganando a defesa. A bola sobrou para o capitão do outro time marcar fácil: Goleada. Nem todo o verde do meu time querido seria capaz de renovar minhas esperanças.
Aí foi fatal. Nessa hora só pensava no meu tio, de quase cinqüenta. Um dia ele não aguenta. Terá que fazer como meu avô fazia: Se enfiava debaixo da coberta e tapava os ouvidos.
Começa a segunda parte da LDU Festival, todos os dois finalistas entram sem alterações. (Medo. Apreensão. E uma singela pontinha de uma esperança inconstante) Como estavam goleando, A LDU entra com mais calma, sem pressionar muito. Bom para o Flu, que entra com um pouco mais de determinação nessa segunda etapa. Logo aos seis minutos, Gabriel recebeu de Conca e cruzou para Thiago Neves, que com uma bela cabeçada, conseguiu colocar a bola na rede e acalmar os nervos da gente.
Agora o jogo ficou equilibrado. O Flu perde algumas chances e créditos para Conca, sempre. O mais jogador dali, sem dúvidas. Aos 26, Washington deixou o campo sentindo o tornozelo dando lugar, então, para Dodô entrar. E um pouco antes, Maurício tinha substituído Arouca, também com problemas físicos.
Aos 30 minutos, Bolaños tentou surpreender Fernando Henrique ao cobrar falta direto para o gol. Meio que no susto, o camisa 1 tricolor mandou a bola para longe. A partir daí, a partida se arrastava, com as duas equipes parecendo satisfeitas com o placar. Porém, ainda restava tempo para uma última emoção bem forte...
Fernando Henrique, com a ajuda da sorte que parecia ter se afastado dele, talvez tenha selado o destino da final desta Copa Libertadores da América aos 43 minutos do segundo tempo. Urrutia recebeu completamente livre um cruzamento da direita e bateu de primeira para o gol, quase na pequena área. Com a ponta dos dedos, FH defendeu, a bola tocou no travessão e voltou para o arqueiro.
O Fluminense terá mais 90 minutos e um Maracanã lotado a seu favor para confirmar a mística de que nenhuma glória do clube é conquistada de maneira fácil.
"A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples, quase sem graça. Algumas beiram a banalidade, ao ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas. As dos outros são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato, as nossas são inesquecíveis. Por todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais indiferente leigo. As nossas vão da extrema falta de perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem fronteiras entre esses opostos." (Nelson Rodrigues)
"Quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas. Os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas" (Nelson Rodrigues)
Vai ser no Maraca, amigos Tricolores. Que cumpra-se a Profecia.
6 comentários:
Dá-lhe LDU! LIga dos Urubus!!!!!!!!
É mas tudo vai dar certo no final.
Pensamento psitivo.
Da lhe LDU
LIGA DOS DÁ CU
NENSEEEEEEEEE
Sequem. Mas sequem direito.
Para secar o Flu, tem que saber secar. Fazer disso uma arte, para ser digno desse time.
Saudações Tricolores!
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